África do Sul: País assinala 35º anos do massacre estudantil como Dia da
Juventude
Luanda - A África do sul comemora e lembra hoje (16 de Junho) o 35º
aniversário do massacre estudantil de Soweto como data dedicada à juventude, em memória aos heróis negros que derramaram o seu sangue para alcançar a liberdade dos sul-africanos, indica a embaixada deste país numa nota chegada à Angop.
Segundo o documento, por ocasião da data, o governo encoraja os seus jovens a tornarem-se participantes activos no desenvolvimento da economia do país, trabalhando juntamente com as instituições nacionais para encontrar soluções para o futuro.
Cientes de que a juventude africana encara grandes desafios para vencer a
pobreza, obter um emprego e tornar-se voz activa no desenvolvimento dos seus países, os jovens sul-africanos apelam para uma maior atenção a esta franja da sociedade como o garante de um futuro sustentável da nação.
A embaixada sul-africana reconhece que o seu país precisa de ajudar os jovens que se dedicam às actividades criminosas e ao consumo de drogas, devendo os mesmos ser amparados “porque o seu papel é imperativo para fazer da África do Sul uma nação vencedora”.
Adianta que, por este motivo, as autoridades criaram a agência nacional de
desenvolvimento da juventude (NYDA) para ajudar a geração juvenil a ter um
futuro melhor.
“Os jovens são a energia de qualquer sociedade e, por isso, jogam um papel
fundamental na construção da nação através do desporto, das artes e da cultura, o que os torna pilares das relações internacionais, por unir uma nação e por juntar várias nações, como vimos na copa do mundo de Futebol de 2010, na copa do mundo de Rugby de 2005, nos jogos olímpicos e em muitos outros
eventos”, sublinha a nota.
De acordo com o informe, a liberdade duramente conquistada não terá valor “se não se fizer com que o governo sul-africano capacite a nossa juventude para sustentar esta liberdade para as gerações vindouras”.
Há 35 anos, em 1976, cerca de 10 mil estudantes negros protestavam contra o ensino obrigatório do afrikaans (a língua dos governantes do Apartheid) nas escolas do país.
A manifestação em Soweto era pacífica, mas foi respondida com violência pela polícia. Estima-se que entre 300 e 600 pessoas tenham perdido as suas vidas durante este movimento de resistência contra o Apartheid.