segunda-feira, 27 de junho de 2011

27 de junho de 1950 – EUA entram na Guerra da Coréia

Cinco anos após encerrado o maior conflito bélico da história, outra trágica e sangrenta guerra eclodia. Estados Unidos e União Soviética travaram uma batalha pelo controle indireto da península coreana. O Estado do Norte, simpatizante da causa comunista, invadira a vizinha do sul num ataque surpresa, no dia 25. Dois dias depois, o presidente norte-americano Harry Truman ordenava que as forças aéreas e navais de seu país apoiassem a Coréia do Sul na luta contra os invasores do norte. Além de intervir na Guerra da Coréia, Truman também determinou a proteção da Ilha Formosa, onde se localizavam foragidos chineses.

A alegação do presidente dos Estados Unidos para a intervenção baseou-se no argumento que os norte-coreanos se recusaram a acatar a ordem do Conselho de Segurança da ONU para que suspendessem as hostilidades. Assinalou que, “dadas estas circunstâncias, a ocupaçao de Formosa pelas forças comunistas seria uma ameaça à segurança da zona do Pacífico e às forças dos EUA que cumprem funções legais e necessárias naquela região”.

A batalha se intensificou no dia 3 de julho, quando tropas norte-coreanas invadiram de surpresa a capital do Sul, Seul. Em setembro, as Nações Unidas prepararam uma agressiva ofensiva, representada por um exército de 140 mil homens, para reaver Seul. Cinco dias depois, após cessadas as hostilidades, a frente capitalista liberta Seul e reconquista a costa leste do país. Mantida a soberania sobre o território, no mês seguinte, as Nações Unidas invadem o norte.

A Guerra da Coréia terminou apenas em julho de 1953, com saldo de quase dois milhões de pessoas mortas. Ao fim, manteve-se a península dividida em dois países: o do norte, comunista, e o do sul, capitalista – divisão que perdura até hoje.

27 de junho de 1951 — Tentativas de paz na Coreia

As conversações de paz para a suspensão das hostilidades entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul começaram no fim de junho de 1951 e só foram concluídas em 1953. As origens do conflito remontam ao fim da Segunda Guerra, quando ficou estabelecido na Conferência de Potsdam que a península da Coreia seria dividida, na altura dos 38 graus de Latitude Norte, em duas zonas.
A do norte seria ocupada pelos soviéticos, e a do sul ficaria sob o controle americano. A zona soviética anunciou a sua independência como República Popular da Coreia em 1948. A partir daí a região ficou dividida em dois países diferentes e inimigos entre si.

Depois de várias tentativas de derrubar o governo do sul, em 1950 a Coréia do Norte atacou o Sul de surpresa e conseguiu tomar a capital Seul. A ONU condenou a invasão e enviou tropas, comandadas pelo general Douglas Mac Arthur, para ajudar a Coreia do Sul. Três meses depois do início dos conflitos os americanos recuperaram Seul. As forças internacionais continuaram a avançar e em outubro de 1950, ultrapassaram o paralelo 38.

A capital da Croreia do Norte, Piongiang, foi invadida e os americanos chegaram até a fronteira da Manchúria. A China enviou 300 mil homens para ajudar a Coreia do Norte, e evitar que o confronto chegasse ao seu território. Em fins de dezembro as tropas chinesas e da Coreia do Norte recapturaram Seul. Logo depois, entre fevereiro e março, um novo avanço dos americanos expulsou as forças chinesas e norte-coreanas, e as obrigou a retornar ao Paralelo 38º. O confronto entre a China e as forças internacionais destruiu a Coreia do Norte. Todo o auxílio enviado pela União Soviética foi interceptado pelas forças das Nações Unidas.

O povo coreano, que construiu uma das mais importantes culturas da Ásia, foi envolvido em uma batalha brutal. Aldeias e cidades sofreram o bombardeio sistemático com napalm. Milhares de prisioneiros foram amontoados em campos de concentração à espera de um armistício. Cerca de 3 milhões de civis norte coreanos e 500 mil sul coreanos foram mortos.

Acordo de paz não foi assinado
O general MacArthur foi substituído, em abril de 51, pelo general Ridway, porque insistia em um ataque direto à China, o que poderia provocar a Terceira Guerra Mundial.
O cessar-fogo foi assinado em Pamunjon, em 27 de julho de 53. A fronteira estabelecida em 1948 foi mantida, e foi criada uma região desmilitarizada entre as duas Coreias. Até hoje o tratado de paz não foi assinado, e a Coreia continua dividida em Norte e Sul.

terça-feira, 21 de junho de 2011

21 de junho de 1968 - A sexta-feira sangrenta

21/06/2011 - 07:00 | Enviado por: Lucyanne Mano

O que era uma passeata estudantil, se transformou em uma batalha a bala, cassetetes e pedras, entre estudantes e a Polícia Militar. Com a Avenida Rio Branco interditada, milhares de pessoas foram atraídas às janelas dos edifícios. Esses espectadores, em repúdio à repressão da manifestação, lançaram um mundo de coisas contra os policiais.

O Centro do da Cidade foi paralisado ao meio-dia, permanecendo assim por seis horas. Ao final, um policial foi morto e presumivelmente, dois civis. Cerca de 80 pessoas ficaram feridas e mais de mil prisões foram efetuadas.

O Jornal do Brasil foi testemunha daquela que ficaria conhecida como a sexta-feira sangrenta. Momento relembrado pelo nosso mestre da fotografia Evandro Teixeira: “ Foi um dia mais sangrentos que a Rio Branco em especial e o Rio de Janeiro viveu, nesta época. O Jornal do Brasil era o palco das reações. Tudo começava em frente ao Jornal que neste dia foi fechado a bala. A polícia começou a atirar e a fechar as portas. Eu participei ativamente com barreiras, fugindo das cavalarias, vendo estudante caindo. Inclusive tenho a foto do fotógrafo Rubem Seixa, do Correio da Manhã, quando a polícia o surrou depois de ter quebrado seu equipamento.”

Preocupados com a documentação da violência, elementos da PM, especialmente os mais graduados, e agentes do DOPS procuravam sempre que podiam atingir os jornalistas. A Associação Brasileira de Imprensa entregou ao Governador Negrão de Lima uma carta de protesto contra as violências cometidas pela Polícia contra os repórteres e fotógrafos de diversos jornais cariocas, inclusive com a danificação de máquinas de alto preço.


Clique aqui para conferir a edição original do Jornal do Brasil.


A fúria: o passante espancado chama-se João Rui Carvalho Soares. É funcionário da justiça do Estado, 41 anos. Foi na Rua México, junto à Rua Santa Luzia.
O delírio: vencedor numa das batalhas contra a PM, na avenida Rio Branco, o rapaz partiu para a depredação.
O tributo a pagar: Jani Barros Lopes, 20 anos, estudante da faculdade de Filosofia da UEG, foi baleada perto do Edifício Avenida Central.
A ajuda: Ferida no primeiro tiroteio, perto da Embaixada americana, Márcia Juekiewi, estudante de Estatística foi socorrida por populares.
A carga: cada vez que os cavalarianos passaram pela Rio Branco, receberam verdadeira chuva de pedras, tinteiros, cinzeiros e sacos de água. O soldado caiu, em pleno desespero.
O aplauso: nas escaramuças, populares juntavam-se aos pelotões de frente, contra a Polícia. Do alto dos edifícios vinham as palmas solidárias.

A primavera dos povos, desde o século XIX

Professor escreve texto para o #Pergunteaohistoriador sobre expressão que é comumente aplicada até hoje

Mauricio Barreto Alvarez Parada


O professor Mauricio Barreto Alvarez Parada é o mais novo participante do #PergunteaoHistoriador. Ele foi o responsável por responder à questão da internauta que se identifica como Larissa B. [@larissabannwrt, na conta da rede social Twitter]. Ela perguntou "O que foi a Primavera dos povos?". Ele fez um artigo que remonta à origem da expressão e tentou atualizá-la. Se você também quer ter sua questão respondida no site, basta seguir esse passo-a-passo aqui. Se preferir que a sua questão seja respondida na Revista de História, veja como aqui.

***

É possível responder essa pergunta de várias formas. Acredito que a motivação inicial seja o uso constante do termo para designar o processo de crise política por que passam atualmente os estado nacionais autoritários do norte da África, Oriente Médio e península arábica frente à manifestações populares. No entanto, a imagem da “primavera” como um despertar político não é original nem recente. Nos séculos XIX e XX, a ideia já tinha sido usada.

Originalmente, o termo “primavera dos povos” está associado às revoluções ocorridas na Europa central e oriental em 1848. A grande onda de reivindicações iniciada nesse ano, que tinha em sua agenda política a extensão do direito de voto e a ampliação de direitos das minorias nacionais, foi uma resposta à política continental de restauração que conduziu as decisões internas dos Estados europeus após a derrota napoleônica. Incapazes de absorver as mudanças propostas pelo ideário liberal/burguês e mesmo de processar a incorporação dos novos grupos sociais surgidos das transformações sociais da industrialização crescente, os Estados monárquicos europeus viram eclodir diversas revoluções. O ponto de partida foi a França. Em fevereiro de 1848 os franceses proclamaram Segunda República, derrubando o rei Luís Felipe I. A Revolução na França teve significativas repercussões no resto da Europa atingindo a Áustria, a Prússia, regiões da península italiana e da atual República Tcheca. Podemos observar a extensão mundial dessa onda revolucionária se considerarmos a Revolução Praieira, ocorrida em Pernambuco, como parte do processo da “Primavera dos Povos”.

No século XX, um outro exemplo do uso da imagem de “primavera” como uma descrição de um fenômeno político foi a “primavera de Praga”. Entre janeiro e agosto de 1968, a então Tchecoslováquia passou por uma série de reformas que desafiavam o modelo do “socialismo real” da União Soviética. Liderado pelo eslovaco Alexader Dubcek, o país viveu alguns meses de “socialismo democrático” que foi encerrado pela invasão do país pelas forças militares dos países que compunham o Pacto de Varsóvia.

Inspirado nesses movimentos por maior liberdade frente a regimes autoritários se utiliza hoje o termo “primavera dos povos” para designar as mudanças que estão em curso em diversos países da África e do Oriente.

Mauricio Barreto Alvarez Parada é doutor em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

África do Sul País assinala 35º anos do massacre estudantil como Dia da


África do Sul: País assinala 35º anos do massacre estudantil como Dia da
Juventude

Luanda - A África do sul comemora e lembra hoje (16 de Junho) o 35º
aniversário do massacre estudantil de Soweto como data dedicada à juventude, em memória aos heróis negros que derramaram o seu sangue para alcançar a liberdade dos sul-africanos, indica a embaixada deste país numa nota chegada à Angop.

Segundo o documento, por ocasião da data, o governo encoraja os seus jovens a tornarem-se participantes activos no desenvolvimento da economia do país, trabalhando juntamente com as instituições nacionais para encontrar soluções para o futuro.

Cientes de que a juventude africana encara grandes desafios para vencer a
pobreza, obter um emprego e tornar-se voz activa no desenvolvimento dos seus países, os jovens sul-africanos apelam para uma maior atenção a esta franja da sociedade como o garante de um futuro sustentável da nação.


A embaixada sul-africana reconhece que o seu país precisa de ajudar os jovens que se dedicam às actividades criminosas e ao consumo de drogas, devendo os mesmos ser amparados “porque o seu papel é imperativo para fazer da África do Sul uma nação vencedora”.

Adianta que, por este motivo, as autoridades criaram a agência nacional de
desenvolvimento da juventude (NYDA) para ajudar a geração juvenil a ter um
futuro melhor.

“Os jovens são a energia de qualquer sociedade e, por isso, jogam um papel
fundamental na construção da nação através do desporto, das artes e da cultura, o que os torna pilares das relações internacionais, por unir uma nação e por juntar várias nações, como vimos na copa do mundo de Futebol de 2010, na copa do mundo de Rugby de 2005, nos jogos olímpicos e em muitos outros
eventos”, sublinha a nota.

De acordo com o informe, a liberdade duramente conquistada não terá valor “se não se fizer com que o governo sul-africano capacite a nossa juventude para sustentar esta liberdade para as gerações vindouras”.

Há 35 anos, em 1976, cerca de 10 mil estudantes negros protestavam contra o ensino obrigatório do afrikaans (a língua dos governantes do Apartheid) nas escolas do país.

A manifestação em Soweto era pacífica, mas foi respondida com violência pela polícia. Estima-se que entre 300 e 600 pessoas tenham perdido as suas vidas durante este movimento de resistência contra o Apartheid.



quarta-feira, 15 de junho de 2011

Mandela


Para quem quiser saber um pouco mais sobre a vida desta importante figura mundial, está aí o link para um documentário excelente sobre ele.




sexta-feira, 10 de junho de 2011

Dúvidas


Pessoal da 8ª, se tiverem com dúvidas mande por aqui e vou tentar responder antes da prova, ok?
Abraço